Consumidor - Como usar o Frigorífico

Temperatura ideal 3 a 4ºC

Porquê?

As infecções e as intoxicações alimentares são provocadas pelo consumo de alimentos contaminados ou com microrganismos patogénicos ou com as toxinas por eles produzidas. Ora, se a multiplicação de microrganismos, em geral, só ocorre num determinado intervalo de temperaturas, por exemplo as salmonelas multiplicam-se entre cerca de 7 e 48ºC, convém garantir que os alimentos são armazenados a uma temperatura inferior à temperatura mínima a que a maioria dos microrganismos patogénicos se multiplica. A razão de ser da recomendação de que o frigorífico esteja a cerca de 4ºC prende-se com o facto de muitos dos microrganismos terem temperaturas mínimas de crescimento entre 6 e 10ºC, o que significa que se se deixar a temperatura do frigorífico subir acima da temperatura recomendada, se podem criar as condições para que estes microrganismos possam crescer ou produzir as suas toxinas.

Como arrumar e limpar o frigorífico?

O frigorífico deve ser sempre mantido bem limpo, porque quaisquer resíduos de comida podem servir como um nicho para os microrganismos se multiplicarem, podendo vir a contaminar comida que venha a ser guardada nesse frigorífico. É difícil dizer com que regularidade esta limpeza deve ser feita, uma vez que depende muito da utilização que o frigorífico tenha. Basicamente é fundamental que o frigorífico esteja visivelmente limpo.

Regras para a arrumação

1.Os alimentos devem ser guardados no frigorífico o mais rapidamente possível, após a sua aquisição, para evitar que estejam expostos a temperaturas a que o microrganismo possa crescer

2.Os alimentos perecíveis como o peixe, e a carne, devem ser mantidos nas zonas mais frias do frigorífico. Os alimentos cozinhados devem-se guardar nas prateleiras do meio e as zonas menos frias ficam reservadas para os legumes e fruta.

3.Nunca se devem juntar alimentos crus com alimentos cozinhados. Porquê? Nos alimentos cozinhados as elevadas temperaturas já destruíram, muito provavelmente, os microrganismos que eles pudessem conter. Ao colocá-los junto de alimentos crus, estes podem contaminá-los com microrganismos patogénicos que dificilmente virão a ser destruídos, pois quando se requenta a comida, raramente se atingem temperaturas suficientes para matar os microrganismos.

4.Armazenar a comida em caixas fechadas, ou tapá-la com película aderente.
Assim, minimiza-se a probabilidade de que as bactérias ou outros microrganismos patogénicos entrem em contacto com o alimento.

Alimentos congelados e recongelados

O facto de uma determinada bactéria ter uma temperatura mínima de multiplicação de 6ºC, por exemplo, não significa que abaixo dessa temperatura ela morra. Ela simplesmente pode permanecer viva sem se multiplicar, podendo, em alguns casos, sobreviver durante longos períodos a –20ºC, que é aproximadamente a temperatura dos congeladores. Ao descongelar um alimento em que essa bactéria esteja presente, a temperatura vai subir entrando-se no intervalo de temperaturas adequadas à sua multiplicação. Se se voltar a congelar o alimento, podem-se passar a ter, por exemplo, 600 bactérias, em vez das 10 que pudessem existir inicialmente (algumas bactérias multiplica-se muito rapidamente). Ao voltar a descongelar o alimento vão-se novamente criar as condições para que a bactéria se multiplique, atingindo-se um número de tal modo elevado que uma intoxicação alimentar se torna quase inevitável.

Assim, relativamente à congelação de alimentos há duas regras fundamentais:

1.Nunca recongelar alimentos.

2.Descongelar os alimentos rapidamente a temperaturas elevadas (por exemplo com água corrente ou no Microondas) ou descongelar no frigorífico.

Fonte: https://www.asae.pt/

 

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