Resfriamento Evaporativo de Ar

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Material cedido pela Basenge

8.5- TRATAMENTO DA ÁGUA:

Tendo em vista que o ar é lavado ao passar pelo BEC, as partículas dele removidas tendem a se agregar no elemento umidificador e deste serem carregadas pela água para o reservatório. Entre estas partículas estão fungos, bactérias, algas, etc., as quais, em meio úmido, podem proliferar.

Quando em operação esta proliferação é bastante reduzida pela aeração da água e pela ação do oxigênio como oxidante dos microorganismos. Quando parado, no entanto, pode ocorrer o crescimento de colônias que poderão gerar odores desagradáveis na próxima partida do equipamento.

Para evitar que isto ocorra, algumas providências devem ser tomadas, a saber:

A- Cloração da água no reservatório com pedras de cloro;

B- Purga contínua através de dreno, regulável de acordo com a sujidade do ar captado;

C- Drenagem e limpeza periódicas do reservatório para eliminar sujeira acumulada;

D- Quando for desligar o equipamento, desligar primeiro a bomba e deixar o ventilador funcionando até secar o elemento (de 10 a 30 minutos, conforme a umidade do ar captado); caso o equipamento fique desligado por muito tempo, um final de semana por exemplo, esgotar o reservatório e tornar a
enchê-lo quando for religá-lo.

9-APLICAÇÕES:

Considerando-se que o ar disponibilizado é:

100% renovado;

Resfriado;

Umidificado;

Filtrado e limpo (para equipamentos com mantas ou colmeias);

De baixo custo de instalação;

De baixo custo operacional.

Temos que o sistema evaporativo tem aplicação em quase todo tipo de ambiente, com uma gama de utilizações muito mais abrangente do que o ar condicionado e a ventilação tradicionais.

Assim sendo, de pequenos a grandes espaços, de áreas pouco povoadas a grandes adensamentos, de locais com baixa carga térmica a grandes geradores de calor, de áreas de lazer a locais de trabalho, todos podem se beneficiar das vantagens do resfriamento evaporativo.

Há ainda aqueles ambientes em que a manutenção de elevada umidade relativa é requisito das condições do processo industrial. Em tais ambientes, dependendo da umidade desejada, pode ser utilizada renovação de ar total, parcial ou mesmo nula.

Como exemplo, citamos abaixo algumas das inúmeras aplicações possíveis:

10-SELECIONAMENTO:

Existem 2 métodos básicos para dimensionamento do sistema de resfriamento evaporativo, a saber:

O Método por Cálculo de Carga Térmica, que é mais preciso, porém envolve levantamento mais correto das condições do ambiente, tais como potências consumidas, transmissão de calor por condução e radiação, número de pessoas, iluminação, calor dissipado por máquinas, etc.

O Método das Renovações de Ar, que é mais empírico e demanda, por sua vez, alguma experiência na avaliação das condições.

A) MÉTODO POR CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA

1-Calcular a carga térmica total do ambiente a ser atendido;

2-Determinar a temperatura de bulbo seco, a temperatura de bulbo e a umidade relativa do local da instalação;

3-Determinar a temperatura de saída do ar do resfriador (temperatura resultante) conforme “Tabela de Redução de Temperatura por meio do Sistema de Resfriamento Evaporativo” acima.
Nesta tabela entrar com a temperatura externa (temperatura do bulbo seco) e com a umidade relativa;

4-Determinar a temperatura requerida do ambiente a ser atendido. Normalmente de 3°C a 5°C acima da temperatura de saída do ar do resfriador;

B) MÉTODO DAS RENOVAÇÕES DE AR

1-Determinar a temperatura de bulbo úmido do local de instalação;

2-Determinar se a carga térmica gerada internamente é normal ou alta;

Obs.:
. Carga térmica alta: locais com fornos, estufas, máquinas de solda, maçaricos, fundições, caldeiras, cozinhas industriais ou grande ocupação humana.

. Carga térmica normal: escritórios, lojas com baixa ocupação, fábricas com baixa geração de calor.

3-Determinar o grau de isolamento do ambiente ao calor externo (radiação solar);

Obs.:
. Ambiente exposto: Telhado de zinco ou fibrocimento; grandes áreas envidraçadas; telhado translúcido; paredes de alumínio ou fibrocimento.

. Ambiente isolado: Telhado isolado termicamente; forro falso; paredes de alvenaria ou com pouca incidência de radiação solar.

4-Determinar o número de trocas de ar requeridas por hora para o ambiente em questão, através da tabela abaixo:

5-Determinar o volume do ambiente;


Obs.: Os dutos devem ser instalados no máximo a m de altura, de preferência a 3,5m.

6-Calcular a vazão de ar requerida para o ambiente.

Os dois métodos acima permitem um bom estudo do sistema a ser implantado. Não dispensam no entanto, a consulta a fornecedores qualificados que analisem, orientem, esclareçam e assumam a responsabilidade não só mecânica dos equipamentos, mas também pela performance da instalação.

Fonte: Revista do Frio

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