Os plugues e tomadas que os consumidores estão acostumados a ver em casa vão mudar. Os plugues e tomadas serão padronizados em um único tipo, diferentemente da variedade existente hoje (redondos, chatos, tomadas de dois ou três orifícios...). Com isso espera-se que os consumidores tenham mais segurança em relação às suas instalações elétricas.
A Resolução nº 11, de 20/12/2006 do
Conselho Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial (CONMETRO)
estabeleceu os prazos
para a mudança do padrão brasileiro de plugues e
tomadas, tornando a
NBR 14136/2002 obrigatória sobre esses produtos.
A certificação e o padrão dos plugues
e tomadas começaram no início dos
anos 1980, com a certificação
voluntária dos produtos. Desde 2000 a
certificação passou a ser compulsória,
ou seja, todos os produtos
deveriam seguir as normas técnicas vigentes1 a partir de determinado prazo e já se previa a atual
padronização.
Mas o consumidor não precisa se preocupar, o processo de
mudança será
longo e terá várias etapas, de forma que as
pessoas possam ir se
adaptando sem maiores problemas, conforme abaixo:
Perguntas e respostas
Por que os plugues e tomadas
vão mudar?
Por duas razões principais. Primeiro, os modelos atuais
não são
padronizados, assim há vários tipos diferentes de
plugues e tomadas no
mercado, o que faz com que os consumidores tenham que recorrer a
adaptadores, que são problemáticos (quadro 1).
Segundo, os modelos
atuais possuem problemas de segurança, permitindo por
exemplo que uma
pessoa seja capaz de tocar as partes energizadas de um plugue em sua
colocação (quadro 2).
Quais são as
diferenças entre o novo padrão e o que
já existe no mercado?
Os plugues continuarão praticamente iguais. Os fabricantes
estimam que
entre 80% e 90% dos plugues de dois pinos (2P) existentes hoje nos
aparelhos já atendam ao novo padrão. A
diferença maior ficará com os
plugues que possuem terra (2P + T), que necessitarão de
adaptadores.
As tomadas serão aprofundadas, de forma a evitar que o
consumidor tenha
contato com qualquer parte energizada durante o uso (quadro 3).
Os plugues e tomadas de maior corrente (20 A) serão
diferenciados:
seguirão o mesmo desenho, mas os pinos e os
orifícios serão maiores.
Dessa forma será impossível para uma pessoa
inserir um plugue de um
aparelhos que demanda maior potência em uma tomada que
não seja
adequada, mas não impedirá a
inserção de um plugue comum em uma tomada
para maior corrente.
É necessário
trocar todos os plugues dos meus aparelhos e todas as tomadas da minha
residência?
Não. Os novos plugues, com exceção dos
que possuem terra (2P+T)
servirão nas tomadas atuais, por isso o processo de
mudança está
iniciando pelos plugues.
Em relação às tomadas, o consumidor
só precisa trocá-las quando houver
necessidade (substituição). Se for
possível, sugere-se que essa troca
seja efetuada para garantir maior segurança às
instalações da
residência do consumidor.
Tenho muitos aparelhos antigos cujos
plugues não vão encaixar nas novas tomadas. O que
devo fazer?
Conforme demanda do Idec, o Inmetro está coordenando um
processo de
certificação de adaptadores para que os plugues
antigos possam ser
encaixados nas novas tomadas. Assim o consumidor poderá usar
adaptadores seguros - diferente do que ocorre atualmente - durante a
transição para os novos modelos, que pode durar
vários anos.
Se o consumidor desejar evitar o uso de adaptadores, deve solicitar a
uma pessoa capacitada que troque os plugues de seus aparelhos.
Os novos plugues e tomadas
serão mais caros?
Não há nenhuma razão para que os novos
produtos sejam mais caros que os
atuais, pois estes já são obrigados a seguir
padrões de qualidade para
a certificação obrigatória. Os
preços desses produtos devem, no médio
prazo, até ficar menores por uma questão de
escala, pois as empresas
não terão mais que usar equipamentos para
fabricar os diversos tipos de
plugues e tomadas que existem hoje.
O Idec espera que os fabricantes e comerciantes não vejam os
novos
padrões como uma oportunidade para justificar reajustes de
preços.
Minhas tomadas não possuem
terra e ele será obrigatório no novo modelo. O
que devo fazer?
A grande maioria dos aparelhos eletrodomésticos é
Classe I, ou seja,
dispensam o uso de terra. Dessa forma, a não
existência do terra não
acarretará grandes riscos. No entanto, por
questões de segurança, o
consumidor deve providenciar a instalação de
terra em sua residência
tão logo seja possível.
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Fonte: IDEC