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Finalmente, chegou o momento aguardado de imprimir as fotos. Você pode tanto mandar para um laboratório de modo a fazer cópias em papel fotográfico comum, como imprimir em sua impressora caseira (mas use sempre papel fotográfico para isso, ou terá decepções).
A resolução em pixels necessários para bons resultados na impressão depende muito da impressora que estiver usando. Em qualquer impressora jato de tinta, serão necessários pelo menos uns 300 dpi para simular uma foto. Um detalhe, se a imagem tiver sido obtida por escaneamento a partir de uma revista ou folha impressa, conterá pequenos pontos (retícula) e será mais difícil a imagem ficar correta (existe um filtro no Photoshop, o Gaussian Blur, para atenuar esse efeito).
Impressoras postscript e profissionais utilizam uma medida de resolução chamada linhas por polegada (LPI). É baseada na grade que usam para “quebrar” uma imagem de meio-tons, como uma fotografia, em pequenos pontos (que o computador chama pixels). Historicamente, essas grades (halftone line screens) têm linhas retas que variam em largura, e a terminologia LPI permaneceu. Impressoras postscript alcançam entre 85 e 180 lpi – e estes números podem ser considerados padrões de impressão. O número menor é usado em impressão para jornais, e o maior em imagens de alta qualidade. Quando se escaneia fotografias para uso específico, procure capturar a imagem no dobro do valor de lpi para dpi. Por exemplo, se a imagem será impressa em 133 lpi, escaneie ao menos em 266 dpi.
Normalmente, as fotos tiradas por câmeras digitais gravam imagens com resolução de 72 dpi (seja em JPEG ou TIFF). Ocorre que essa é uma opção para uso no vídeo (WEB), então o primeiro passo, quando se abre um arquivo recém-chegado da câmera, é converter a imagem para 300 dpi.
Vejamos um exemplo prático. Quando abro uma foto vinda diretamente da minha câmera digital no Photoshop, ela aparece configurada para 72 dpi. Ora, como essa imagem tem 2048 x 1536 pixels, se eu imprimir diretamente isso surgirá uma imagem de 72,25 x 54,19 cms em baixa resolução! Então, basta mudar para 300 dpi, que a impressão surgirá correta, em alta resolução e no tamanho de 17,34 x 13 cms.
Com 300 dpi a imagem fica correta para o olho humano |
Para entendermos melhor o processo de impressão de uma imagem digital, em primeiro lugar é preciso entender que um pixel não tem tamanho ou forma. No momento em que “nasce”, é simplesmente uma carga elétrica. Seu tamanho e aparência são determinados apenas e tão somente pelo equipamento que o apresenta. Entender como o pixel e o tamanho da imagem se relacionam um como o outro exige um pequeno esforço - mas nada além do que um conhecimento de matemática básico.
Um pixel torna-se visível no sensor de imagem de uma câmera desde o momento exato em que o obturador abre. O tamanho de cada fotocélula no sensor pode ser medido, mas os pixels em sí são apenas cargas elétricas convertidas em números digitais. Esses números, como qualquer outro número que se imagine, não tem tamanho físico.
Embora os pixels capturados não tenham dimensões físicas, pela quantidade de fotocélulas existentes sobre a superfície de um sensor pode-se estabelecer uma quantidade de pixels na fotografia digital.
Como os pixels armazenados num arquivo de imagem não têm tamanho físico ou formato, não é de estranhar que o número de fotocélulas não indique por sí mesmo a definição da imagem ou mesmo seu tamanho. Isso porque as dimensões de cada pixel capturado e a imagem da qual faz parte são determinados pelo equipamento de saída. Este equipamento de saída (digamos um monitor ou um impressora), por sua vez, pode expandir ou contrair os pixels disponíveis na imagem por uma pequena ou grande área da tela ou do papel de impressão.
Se os pixels de uma imagem são comprimidos numa área menor, a nitidez perceptível ao olho humano aumenta. Imagens em alta resolução apresentadas em monitores ou impressas parecem mais nítidas porque os pixels disponíveis na imagem são agrupados numa área menor – não porque existam mais pixels. Se os pixels são ampliados, passando assim a mesma imagem a cobrir uma área maior, a percepção de nitidez da imagem diminui. E se aumentarmos a imagem além de certo ponto, os pixels passam a parecerem quadrados.
Assim, como no exemplo citado quando abrimos o arquivo da foto recém tirada, ela aparece com 72 dpi, o que expande a imagem para aquele tamanho enorme de mais de meio metro, e com certeza torna a foto completamente tomada por visíveis pixels quadrados.No momento em que determino que a saída deve ser de 300 dpi (a maior resolução possível), os pixels se agrupam corretamente para o olho humano, e a imagem a ser gerada diminui para os pouco mais de 17 centímetros.
Como já vimos, quando uma imagem digital é apresentada na tela do computador, o tamanho é determinado por três fatores – a resolução do monitor, o tamanho da tela, e o número de pixels na imagem. Vamos rever isso tudo para uma melhor compreensão do momento da impressão.
O tamanho de cada pixel na tela é determinado pela resolução do monitor. Esta resolução é quase sempre dada a partir de um par de números que indicam a capacidade da tela em largura e altura. Por exemplo, a resolução básica de um monitor de 14 polegadas é de 640x480 pixels – uma resolução pequena. Um tamanho médio de resolução seria 800x600 pixels, enquanto uma resolução alta para o mesmo monitor seria de 1024x768 pixels. O primeiro número significa a largura, ou seja, quantos pixels ocupam a largura da tela, enquanto o segundo número corresponde a quantas linhas (altura) de pixels cabe na tela. Lembrando que a apresentação dos pixels é sempre em 72 dpi num monitor.
Assim, a quantidade de pixels por polegadas (ppi) que aparece num monitor de computador depende da resolução utilizada, já que serão necessários muito mais pixels num monitor de 14 polegadas numa resolução de 1024x768 do que numa de 640x480.
Do mesmo modo que a resolução da tela afeta o tamanho da imagem, assim acontece com o tamanho do monitor. Se você tiver um monitor de 14 polegadas e outro de 21 polegadas, e usar a mesma resolução nos dois, digamos, 800x600 pixels, as imagens aparecerão de tamanhos bem diferentes, pois os pixels (como não tem dimensão), irão se acomodar para preencher todo o espaço da tela. Assim, uma mesma imagem em 800x600 pixels, no monitor de 14’ aparecerá nítida, enquanto no de 21’ poderá se apresentar sem nitidez nenhuma.
Finalmente, o que determina a resolução do monitor, além da capacidade do próprio equipamento em apresentar determinados modos de resolução, é a placa de vídeo do computador. Para um fotógrafo, uma boa placa de vídeo é tão importante quanto dispor de um bom monitor. Existem diferenças significativas de qualidade tanto entre monitores como placas de vídeo (como todo garoto que joga games no computador bem sabe).
Infelizmente todas as medidas utilizadas por impressoras e computadores foram determinadas nos Estados Unidos, onde se continua utilizando esse nonsense que são as medidas em pés, polegadas e assim por diante. Então o jeito é nos adaptarmos. Lembrem sempre que 1 polegada vale 2,54 cms, ou seja, pouco mais de 2 centímetros e meio.
Normalmente o usuário não tem como mudar o número de pixels de uma imagem para assim mudar o tamanho da imagem impressa. Esta tarefa é gerenciada pelo software que se utiliza para imprimir a imagem. Portanto, a primeira coisa a ser checada é se a imagem terá a resolução correta (de 300 dpi) no tamanho que você pretende imprimir.
Aqui, uma dica. Se você estiver imprimindo na sua impressora caseira, pode conseguir um maior tamanho de imagem sem praticamente nenhuma perda de qualidade observável se colocar uma resolução de até 267 dpi. Menos que isso já surgirão problemas com a qualidade da imagem. Agora, se estiver mandando para um laboratório para impressão em papel fotográfico tradicional, terá que usar os 300 dpi, pois as máquinas são geralmente calibradas para essa definição.
Então, um exercício; qual o maior tamanho que se pode imprimir, sem perda, uma imagem com 2048 x 1536 pixels e 300 dpi?
A resposta será dividirmos o número de pixels na largura (2048/300=6,826), e depois multiplicarmos por 2,54, ou seja, (6,826x2,54=17,33). A resposta é 17,33 cms!
Uma vez ajustada a largura, qualquer programa ajusta automaticamente também a altura (1536 pixels). Mas se quiserem fazer a conta, (1536/300=5,12) depois (5,12x2,54=13,00). Resposta, 13 cms. A fotografia será impressa em alta resolução, sem perdas, no tamanho de 17,33 x 13,00 centímetros.
Uma observação importante: alguns equipamentos, como plotters e impressoras especiais, utilizam outros números ideais de resolução, e no caso deve-se consultar as empresas que fornecem o serviço a respeito da resolução com a qual o arquivo deve ser enviado. Isso pode variar de 125 a 400 dpi, portanto, é bom sempre perguntar a respeito antes de gravar um CD para envio de material.
Você pode imprimir todas as suas fotografias digitais normalmente em laboratórios fotográficos do mesmo modo que manda imprimir fotos a partir de filmes comuns. Hoje em dia já existem empresas que atendem inclusive pela Internet. Assim, basta enviar a imagem digital por e-mail (o ideal para quem quer trabalhar assim é ter conexão a cabo ou ISDN ou ASDL). Outra opção é ter um gravador de CD e utilizar CD-Roms para levar as fotos para impressão, ou ainda disquetes (em caso de imagens em menor definição).
Algumas impressoras jato de tinta já imprimem com grande qualidade, enquanto achar papel tipo fotográfico e ou de melhor qualidade para essa finalidade está ficando a cada dia mais fácil – as principais papelarias já oferecem uma ampla gama de escolha. Quanto às impressoras, existem vários modelos projetados inclusive para lidar com imagens digitais.
Impressoras jato de tinta já evoluíram a ponto de imprimir fotografias com grande qualidade, coisa que não acontecia até recentemente. A qualidade é ótima na maioria das impressoras, mas sobressai nas impressoras jato de tinta desenhadas especialmente para imprimir fotos. Contudo, essa qualidade ainda não atinge os resultados que se pode obter com impressão em papel fotográfico tradicional em laboratório.
É preciso citar, contudo, um tipo de impressora, que pelo custo e dificuldade de ser encontrada no mercado nacional, ainda não é conhecida pela maioria das pessoas, que é a por sublimação (dye sub). Essa impressora, específica para imprimir apenas fotos, consegue qualidade superior de impressão, comparável com a obtida por laboratórios.
Impressoras coloridas geram imagens dividindo a página em milhares ou até milhões de pequenos pontos, cada um deles endereçado pelo computador. Conforme a impressora move a página pela cabeça de impressão, imprime um ponto de cor, usando duas ou três cores sobre cada um desses pontos ou deixando-os em branco. Para entender como as cores são impressas, devemos estudar o sistema CMYK, utilizado pelas impressoras.
Na maioria das impressoras (dye sub são exceção), cada ponto impresso tem a mesma densidade de cor. Se uma impressora combinar somente essas cores sólidas, pode ficar limitada às cores primárias. Para capturar os milhões de cores de uma fotografia, a impressora tem que usar um recurso para enganar a vista humana, gerando um padrão aceitável de pontos para visualização. Este processo é chamado de halftoning ou dithering (meio tom).
O processo de halftoning é feito arranjando os pontos imprimíveis em pequenos grupos chamados células, e utilizando-se esses grandes pontos formados por células em unidades para a impressão dos pixels. Cada célula mede 5 por 5 ou 8 por 8 pontos. As três ou quatro cores primárias são combinadas num determinado padrão, que a vista humana percebe como cores intermediárias. Para cores menos saturadas, a impressora deixa alguns pontos sem imprimir e simula assim brancos de cor.
Este processo é utilizado faz muito tempo em impressão industrial, e pode ser percebido se você olhar uma fotografia de revista com uma lupa.
Até recentemente, não existiam impressoras de baixo custo capazes de impressões de qualidade, mas grandes progressos aconteceram nos últimos anos.
Quando se escolhe uma impressora colorida, não existe melhor modo do que se comparar as imagens impressas em cada modelo. Algumas coisas precisam ser lembradas, por exemplo, não espere que uma impressora especializada na impressão de fotografias funcione bem para imprimir documentos de texto. E mesmo que o faça direito, o custo por página impressa pode ser elevado e a impressão demorada, e assim o preço em sí da impressora não deve ser o único fator a ser considerado – cartuchos de tinta e papéis especiais também podem ser caros.
Até recentemente, para qualquer tipo de saída, a imagem precisava passar pelo computador. Isso está mudando conforme se pode enviar imagens capturadas pela câmera diretamente para a Internet ou impressora (embora eu não recomende isso, pois como vimos, as fotos sempre precisam de correções).
Existem dois modos de proceder assim independentemente. Num deles, a impressora com esse recurso possui um encaixe (slot) no qual se pode conectar o cartão de memória (memory card), e no outro, a própria câmera é diretamente acoplada à impressora.
As impressoras jato de tinta funcionam jogando minúsculas gotas de tinta sobre uma superfície de papel. No mercado atual, esta tecnologia é de baixo custo e indicada para impressão doméstica ou de baixo volume. Apesar do custo baixo, a qualidade de impressão, principalmente dos últimos modelos, é excelente, principalmente com papéis especiais para fotos.
Embora possa imprimir fotos em papel comum, as gotas serão em parte absorvidas na folha, como num mata-borrão, perdendo qualidade de cor e tons, principalmente se o papel for tipo absorvente. O ideal para imprimir fotos é utilizar um papel próprio para isso.
Se a qualidade for importante, existem as impressoras por sublimação de tinta, assim chamadas por utilizarem tinta sólida que, por um processo que é conhecido cientificamente como “sublimação”, é convertida em estado gasoso e aplicada no papel sem passar pela fase líquida.
Quando se imprimem fotografias coloridas, não existe nada parecido com o resultado obtido por este tipo de impressora. Produzem imagens fotorealísticas com tons contínuos como os que são produzidos pelo laboratório de fotos. As impressoras desse tipo são recomendadas para profissionais de desktop publishing, agências e bureaus para provas, lay-outs e apresentações.
Impressoras dye-sublimation funcionam transferindo a tinta a partir de um cilindro de transferência ou de uma fita. O cilindro contém quadros consecutivos de tintas nas cores ciano, magenta, amarelo e preto. Também existem cilindros sem o preto, mas que não produzem resultados tão bons. O custo de cada folha de papel também é caro. Existem outros tipos de impressoras, mas os mais indicados a nível pessoal para fotografia são os citados acima.
Finalmente, papéis e tintas têm vida útil limitada. Com o tempo, as imagens vão perdendo a cor. Este é um problema que existe desde os primórdios da fotografia. Quando a imagem vai sumindo, a memória se vai com ela. Contudo, uma das grandes vantagens da imagem digital hoje é que um arquivo, desde que não seja apagado de um computador (ou na mídia onde estiver armazenada), não tem como desaparecer nem perder qualquer qualidade. Portanto, se a imagem impressa e/ou filme tendem a ter vida curta, a imagem digital não.
Mesmo que você não utilize câmera digital, com certeza mais cedo ou mais tarde terá que trabalhar com imagens digitais. Tudo o que precisa para isso será um scanner e suas fotos (cópias em papel fotográfico), cromos e negativos. Se não tiver scanner, poderá também mandar escanear fora e armazenar a imagem num CD ou disquete. A resolução de imagens assim tratadas é geralmente mais alta que a da maioria das câmeras digitais, portanto a qualidade será a melhor possível.
Scanners coloridos trabalham criando imagens vermelhas, verdes e azuis separadamente, para depois juntá-las para formar a imagem definitiva. Alguns equipamentos fazem esse trabalho numa única passada, outros fazem três passadas (mais lento porém geralmente com melhores resultados). O método utilizado depende do sensor do aparelho. Muitos utilizam CCDs lineares arranjados em linhas. Os que exigem três passadas usam uma única linha de fotocélulas e filtros nas cores vermelha, verde e azul na frente do sensor de modo a capturar uma cor por vez. Outros ainda possuem três linhas de fotocélulas, cada linha com seu próprio filtro, de modo que capturam todas as três cores numa única passada.
Quando a imagem é escaneada, uma fonte de luz desliza sobre a foto (ou documento impresso). Alguns modelos fazem o contrário, “puxam” o documento pela fonte. A fonte de luz reflete a superfície da foto (ou documento), ou passa através do slide ou negativo, sendo focado por um sistema ótico (lente e espelho).
A capacidade de resolução ótica de um scanner é determinada pelo número de fotocélulas em seu sensor. De qualquer modo, a resolução vertical é determinada pela distância percorrida em cada passada. Por exemplo, um scanner com uma resolução de 600x1200 possue 600 fotocélulas em seu sensor e se move, entre cada passada, numa distância de 1/1200 de polegada.
Alguns scanners são projetados para escanear fotos e documentos – operam por reflexão. Outros são desenhados para lidar com transparências (slides e negativos). Ainda existem os que são basicamente para documentos mas possuem adaptadores para transparências, contudo, a qualidade nesse caso geralmente costuma ser inferior.
Quanto ao tamanho, a maioria dos scanners de reflexão pode escanear imagens no tamanho A4 ou até maiores. Os scanners para transparências podem escanear imagens de fotos 35 mm ou maiores. Conforme aumenta o tamanho, também o custo.
Como estudamos anteriormente, cenas do mundo real são cheias de luzes brilhantes e sombras fortes. Estes extremos são chamados de dynamic range, ou amplitude de cores. Os filmes não tem de modo algum a amplitude de cores que se observa na natureza, assim sempre é uma tarefa difícil capturar uma cena real num filme. E quando o filme (a foto) é impressa, perde ainda mais qualidade. Por isso é melhor escanear originais (negativos e slides) do que imagens já impressas.
O quanto de amplitude de cores se pode capturar depende da habilidade do scanner em registrar os tons que vão do puro branco ao puro preto. Se o scanner não tiver um dynamic range suficiente, os detalhes serão perdidos nas áreas sombreadas ou de luz forte, ou em ambas.
O dynamic range de um scanner pode ser medido e determinado num número entre 0.0 (branco) e 4.0 (preto) que indica a capacidade de capturar todos os valores intermediários. Scanners comuns (flatbed) normalmente registram valores entre 0.0 e 2.4. Os novos equipamentos de 30 ou 36 bits podem alcançar por volta de 3.0, apresentando melhores detalhes nas áreas sombreadas.
Embora a densidade da imagem varie do puro branco ao puro preto, nenhum detalhe pode ser visto nessas áreas. Conforme você progride do puro branco para áreas levemente escuras, os detalhes aparecem. O mesmo ocorre do outro lado do espectro. O ponto no qual o scanner captura o detalhe é chamado Dmax (densidade máxima). O dynamic range é calculado subtraindo-se a densidade mínima (Dmin) da máxima. Por exemplo, se um scanner tem um Dmin de 0.2 e um Dmax de 3.2, o dynamic range é de 3.0.
Como vimos anteriormente, a profundidade de cor refere-se a quantos bits são determinados por cada pixel na imagem. Os melhores scanners utilizam 36 bits (12 para cada canal vermelho, verde e azul) para produzir 6.8 trilhões de cores. Quando esses arquivos são processados e convertidos em arquivos de 24 bits, passam a ter mais graduações e cores mais vívidas.
A qualidade das cores numa imagem escaneada não depende apenas da profundidade mas também de seu “registro”. Desde que as cores são capturadas por diferentes sensores em intervalos de tempo diversos, podem não combinar perfeitamente na hora da mesclagem. Isso aparece na forma de manchas ao redor de detalhes da imagem.
Os scanners para slides e negativos têm muito mais qualidade do que os de papel porque possuem uma amplitude de cores (dynamic range) maior. Utilizando-se um adaptador para rolos de filmes (filmstrip holder), pode-se escanear em seqüência seis ou mais fotos com excelentes resultados.
Como slides e negativos são menores e precisam ser muito ampliados, estas unidades precisam ter resoluções altas para serem úteis. Alguns dos melhores scanners de filmes utilizam um software chamado Digital ICE que elimina poeira e sujeira da superfície do fotograma escaneado.
Os chamados scanners de mesa (flatbed scanners) são úteis tanto para imagens branco e preto como coloridas. São excelentes para restauração de fotografias antigas. E uma das vantagens do scanner de mesa é que são pau para toda obra, podendo copiar documentos de todos os tipos e ainda utilizar o OCR (reconhecimento de texto).
Muitos desses scanners possibilitam ainda digitalização de slides e negativos através de adaptadores, geralmente embutidos na tampa superior do scanner. Contudo, as resoluções neste caso são geralmente bem inferiores a resolução que um verdadeiro scanner de transparências permite, e as cores nem sempre saem muito boas.
É interessante notar que se pode fazer experiências interessantes com um scanner, usando-o para gravar imagens, quase como se fosse uma máquina fotográfica. Um bom truque é colocar algum material sobre o objeto que se quer gravar, de modo a fazer fundos interessantes (como tecidos de diversas texturas e cores).
E quando o preço e qualidade não são problemas, o ideal é usar scanner cilíndrico. Nestes modelos, a transparência (slide ou negativo) ou ainda a foto já impressa são fixados num cilindro de vidro. Conforme o cilindro gira, a imagem é lida uma linha por vez num tubo fotosensível ao invés de um CCD. Estes equipamentos permitem a mais alta qualidade de RGB e CMYK com grandes detalhes tanto nas partes claras como em áreas sombreadas. O dynamic range é tão alto que você pode capturar detalhes ínfimos em tonalidades, e a resolução chega a valores altíssimos, impossíveis de serem obtidos em outros equipamentos. Contudo, somente bureaus e empresas podem ter scanners cilíndricos, pois o custo chega a valores de milhares de dólares. Assim, quando se necessitar de escaneamento de alta qualidade, o melhor é procurar uma empresa especializada para o serviço.
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Fonte : www.tecnoshop.inf.br