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Elaborado pelo Portal do Eletrodoméstico
AR SECUNDÁRIO
Para que ocorra uma combustão satisfatória, a mistura de gás + ar que chega até o queimador onde o gás é queimado, necessita também do ar que envolve a chama. Este ar é chamado de Ar Secundário.
Na figura anterior, note que o recipiente está a uma certa distância do queimador, para que a chama possa receber uma quantidade adequada de ar secundário.
FORNO
O forno do fogão é constituído basicamente que um compartimento fechado isolado termicamente, um queimador com maior potência em relação ao queimador de mesa e uma chaminé para saída dos produtos da combustão.
Isolação térmica do forno
A isolação térmica que envolve o forno pode ser:
1) Folha de alumínio;
2) Lã cerâmica;
3) Lã de vidro;
4) Folha de alumínio + Lã cerâmica ou Folha de alumínio + Lã de vidro.
Normalmente, quanto mais espessa a lã, melhor a isolação do forno. Note que todo o forno tem pelo menos uma folha de alumínio para isolação térmica.
Temperatura do forno
O forno deve trabalhar com uma temperatura adequada. Caso seja muito baixa, o alimento vai demorar para ficar assado. Se for muito alta, o alimento pode queimar e também provocar um sobreaquecimento da parte externa do fogão, como os botões (manipulos) dos registros.
Normalmente a temperatura máxima do forno é indicada no painel do fogão ou no manual de instruções. Geralmente é em torno de 280ºC. Devido a variação na composição do gás, a temperatura pode variar em torno de mais ou menos 20ºC.
A temperatura indicada é obtida no centro do forno vazio, após 50 minutos de funcionamento, com uma mistura equilibrada de gás butano + gás propano e pressão de 280mmca.
Muitos consumidores reclamam que o forno não assa bem. Pode ser realmente problema do forno, mas alguns casos o consumidor não está pré-aquecendo ou durante o funcionamento, abre a porta do forno.
Nestes casos, deve orientar o consumidor que é necessário seguir as recomendações do fabricante, ou seja, efetuar um pré-aquecimento do forno, geralmente 15 minutos na posição máxima, colocar o alimento e depois regular a temperatura recomendada para assamento. Durante o funcionamento do forno, não abrir a porta do forno e utilizar o visor do forno para verificar o assado.
A posição da prateleira deve ser no centro do forno, pois é onde se consegue a melhor distribuição de temperatura, não esquecendo que deve existir espaço em todos os lados para circulação do calor. Também verifique se não tem excessiva corrente de ar no fogão (vento).
Chaminé
No processo de combustão são gerados os produtos da combustão, que junto com os produtos gerados no cozimento do alimento, são eliminados através da chaminé do fogão.
Devida a alta temperatura, deve-se ter cuidado para que nenhum material que não suporte temperatura alta esteja próximo à saída da chaminé, como exemplo, mangueira do cilindro de gás ou cordão de alimentação elétrica do fogão.
Vedação da porta do forno
Entre a abertura do forno e a porta do forno é colocada uma vedação de silicone para impedir a saída do calor. Sempre verifique se a isolação está em boas condições e se está vedando bem. Utilize uma tira de papel sufite para verificar se está ocorrendo uma boa vedação.
Uma má vedação, além de perda de calor dentro do forno, vai provocar aquecimentos para parte externa do fogão, como os botões dos registros e interruptores.
Queimador do forno
O que foi exposto anteriormente sobre combustão também se aplica ao queimador do forno.
Todos os queimadores dos fornos atuais fabricados no Brasil têm um sensor da válvula de segurança. O sensor deve estar bem posicionado em relação a chama, caso contrário vai demorar para a válvula manter a chama acesa e também, durante o funcionamento, a chama pode se apagar.
O melhor posicionamento é a ponta do sensor sobre a parte mais quente da chama. Ver figura da chama na Parte 2 do curso. Note que a altura da chama varia conforme o ajuste do registro do forno e também a pressão do gás.
CONVERSÃO DE GÁS
A maioria fogões saem da fábrica para funcionar com GLP. Quando é necessário a transformação para Gás Natural, normalmente a companhia fornecedora do gás ou o próprio fabricante, através do serviço autorizado, efetua a transformação para o Gás Natural.
Para realizar a conversão, utilizam-se os chamados kits de peças que são específicos para cada modelo de produto. Nestes kits, fornecidos pelos fabricantes, as peças já estão dimensionadas para que o fogão funcione adequadamente com o Gás Natural.
Jamais se deve colocar peças que não são específicas para aquele modelo ou fazer adaptações, como por exemplo, aumentar o diâmetro do furo do injetor com um broca, nem mesmo a pedido do cliente, pois toda responsabilidade é de quem faz o serviço.
Basicamente são as seguintes as peças que devem ser trocadas:
1) A ponteira de conexão do gás.
2) Os registros, pois a posição mínima (vazão mínima) para o gás natural é maior que do GLP. Note que alguns registros e principalmente termostatos tem regulagem da vazão mínima através de um pequeno parafuso de ajuste na própria peça. Deve-se ajustar conforme informação do fabricante do fogão.
Clique na figura para ver exemplo de ajuste da vazão mínima do termostato
3) Injetores, pois o diâmetro dos furos são maiores do que para gás GLP. Lembrando mais uma vez, nunca aumente o furo de um injetor de gás GLP para trabalhar com gás Natural.
4) Ajustar regulagem de entrada do ar primário, pois deve ser bem menor em relação ao gás GLP. Verifique qual é a regulagem especificada pelo fabricante.
Exemplo de regulagem para queimador de mesa
Exemplo de regulagem para queimador de forno
5) Dependendo do modelo, os tubos individuais de cada queimador também são trocados.
A pressão do gás natural deve ser de 200mmca. Verifique se a pressão do gás está dentro dos valores especificados. Caso esteja fora, informe ao cliente para solicitar a companhia que fornece o gás o ajuste da pressão.
Após a conversão, verifique possíveis vazamentos, conforme explicado na Parte 1 do curso. Use um manômetro para verificar se ocorre queda de pressão e sempre utilize espuma de sabão para encontrar o vazamento.
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